~/Ano em livros - 22

Compartilharei com vocês a lista ainda incompleta de livros e zines que li nesse ano distópico que estamos cruzando.

Aproveite e compartilho o link da Editora Monstro dos Mares, que é a fonte de muitas das minhas leituras diárias.

Viver como se o mundo estivesse acabando

Margaret Killjoy, versão brasileira Monstro dos Mares

O mundo pode acabar amanhã, e talvez não. Se podemos ajudar, não devemos deixá-lo acabar. Ainda assim, devemos agir como se pudesse. Devemos descobrir quais árvores plantaríamos, independente do que aconteça.

Sobre o fenômeno dos trabalhos de merda

David Graeber, versão brasileira Monstro dos Mares

Um texto do antropólogo David Graeber que explica porque é que em vez de diminuir, o horário de trabalho não para de crescer.

Guia de Software Livre para anarquistas – 2ª edição

Radical Technology Collective, traduzido por Oceano para Protopia

Mas uma ferramenta raramente mencionada que tem a capacidade de nos proteger e nos libertar das instituições do velho mundo é o software livre.

A vida não é útil

Ailton Krenak - Companhia das letras

Um dos mais influentes pensadores da atualidade, Ailton Krenak vem trazendo contribuições fundamentais para lidarmos com os principais desafios que se apresentam hoje no mundo: a terrível evolução de uma pandemia, a ascensão de governos de extrema-direita e os danos causados pelo aquecimento global. Crítico mordaz à ideia de que a economia não pode parar, Krenak provoca: "Nós poderíamos colocar todos os dirigentes do Banco Central em um cofre gigante e deixá-los vivendo lá, com a economia deles. Ninguém come dinheiro".

Ideias para adiar o fim do mundo

Ailton Krenak - Companhia das letras

Objetiva realizar uma discussão sobre os impactos das ações que imprimimos no planeta terra orientados pela cosmovisão de que somos seres separados da natureza, retroalimentando uma autodestruição, que não é compreendida pela ideia de humanidade construída pela modernidade eurocêntrica. Sendo assim, os povos tradicionais, compreendidos como sub-humanos pela modernidade, são compreendidos pelo autor como uma alternativa a lógica de autodestruição e exploração excessiva da natureza.

10 argumentos para deletar agora suas redes sociais

Um manifesto que vai fazer você pensar duas vezes antes de postar

Hoje as redes sociais são praticamente um segundo documento de identidade: não participar de determinada plataforma muitas vezes é sinônimo de total isolamento. Mas você já pensou como seria se deletasse os seus perfis na rede e levasse uma vida diferente?

Jaron Lanier, considerado o pai da realidade virtual e uma das maiores referências (e críticos) do Vale do Silício, não tem conta em nenhuma rede social e deixa bem claro por quê: "Evito as redes sociais pela mesma razão que evito as drogas."

Cultura de Segurança: um manual para ativistas

Organizing for Autonomous Telecomms, versão brasileira Monstro dos Mares

O livro Cultura de Segurança do Organizing for Autonomous Telecomms, um coletivo canadense de segurança da informação que está lançando a versão em Português do Brasil pela Editora Monstro dos Mares que informa como militantes e ativistas devem ficar atentos na atuação de infiltrados, informantes, agentes provocadores e vazamento de informações.

Esse é um manual para ativistas que estão interessados em criar e manter uma consciência e cultura de segurança nos movimentos sociais.

Cultura de Segurança e autodefesa na era digital

Facção Fictícia, versão brasileira Monstro dos Mares

Há um desconhecimento generalizado de conhecimentos básicos sobre cultura de segurança, que é imprescindível a qualquer luta radical. Por isso, julgamos necessário divulgar e debater sobre cultura de segurança.

Ludditas, Hackers e Jardineirxs

Uri Gordon, versão brasileira Monstro dos Mares

Há uma curiosa ambivalência na relação dxs anarquistas contemporânexs com a tecnologia. Por um lado, anarquistas hoje estão envolvidxs em várias campanhas nas quais se resiste explicitamente à introdução de novas tecnologias, da bio e nanotecnologia às tecnologias de vigilância e de guerra. Ao mesmo tempo, entre os movimentos sociais no Norte, anarquistas têm feito um uso dos mais extensivos e engajados de tecnologias de informação e comunicação, ao ponto de desenvolver seus próprios softwares.

Gostaria de olhar para além dessa ambivalência em direção às críticas e teorias que podem formar uma política anarquista da tecnologia de base ampla. Isso significa fazer duas perguntas básicas. Primeira, será que podemos articular uma crítica da tecnologia que é coerente e que se sustenta teoricamente ao mesmo tempo que continuamos em harmonia com as preocupações políticas centrais do anarquismo? Segunda, para que tipos de ações políticas tal crítica aponta, uma vez que levamos em consideração as amplas perspectivas estratégicas que muitxs anarquistas já endossam?

Você está sob vigilância

Crimethinc, versão brasileira Monstro dos Mares

Libertar espaços da vigilância reforçaria nossa liberdade de agir de forma privada. O espaço público é cada vez mais policiado por sistemas de vigilância ocultos. A vida privada do indivíduo é secretamente capturada, mapeada, coletada, e apossada em efígie por grandes operações de empresas privadas – a segurança industrial.

Ironicamente, enquanto as comunidades se desintegram e cada vez mais de nós nos descobrimos perdidos em uma massa anônima de consumidores, os únicos com quem podemos contar para interessar por nossas vidas são os agentes da lei que governam espaços projetados para o consumo. Libertar espaços da vigilância reforçaria nossa liberdade de agir de forma privada, por nós mesmos e uns pelos outros ao invés de para câmeras, e então permitir-nos sairmos juntos de nossa anonimidade. Nós tivemos nossos quinze minutos de fama – agora aponte essa coisa para outro lugar!

Foda-se o Google

Comitê Invisível, versão brasileira Monstro dos Mares

É um zine do Comitê Invisível que analisa as revoltas que usaram as mídias sociais como ferramenta e acabaram sendo conhecidas como "revoluções do Facebook".


Espero que tenham gostado, seguimos caminhando. Que a força esteja com você.


Published Dec 27, 2022 by f0rmig4